Título da Página em SEO: Seu Portão de Entrada

Pensando em título da página para SEO

por Peter Faber
publicado: março 4, 2025, atualizado: novembro 29, 2025
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Um título parece simples. Uma frase curta, no topo da aba, azul no Google, sempre ali. Só que essa pequena frase faz duas coisas ao mesmo tempo. Ela conversa com o usuário e conversa com o algoritmo. E quando uma das conversas falha, o desempenho cai sem ninguém perceber o motivo.

O título é o primeiro contato entre intenção de busca e conteúdo real. É ali que o usuário decide se clica ou ignora. É ali que o Google testa se a sua página combina com a pergunta feita. Se o título não encaixa na intenção, a página vira apenas mais uma opção na SERP, mesmo que o conteúdo seja bom.

Já aconteceu de um título subir posições só porque estava alinhado com o jeito que as pessoas pesquisam. Nada no conteúdo mudou. Só o título. É por isso que ele merece atenção antes de qualquer outra otimização básica.

O que o título realmente faz na SERP

Quando alguém pesquisa, o Google tenta descobrir duas coisas: o que a pessoa quer e quem oferece a resposta com o menor atrito possível. O título é o primeiro sinal de intenção. Ele diz ao Google se o seu conteúdo é uma resposta provável.

E tem outro ponto. O título não é só para o algoritmo. Ele precisa convencer o usuário em meio segundo. A leitura é quase um reflexo: bate o olho, reconhece a ideia, identifica se combina com a necessidade, decide.

Se o título promete algo que o conteúdo não entrega, o usuário volta. E esse retorno rápido é um sinal de que o título estava desalinhado. A página perde força. A SERP é cheia de microtestes assim.

De onde vem a relevância do título

Relevância não nasce do uso de palavra-chave por obrigação. Ela nasce da relação entre expressão da busca e expressão do título. O Google mede essa relação observando se o título representa a mesma entidade principal da consulta.

Por exemplo, quando alguém busca “como calcular IMC”, o Google tenta localizar páginas onde o título deixa claro que o centro do conteúdo é IMC e não algo tangencial, como dieta ou exercício. A entidade precisa aparecer dentro de uma relação coerente, não apenas jogada no início.

O título também herda contexto do restante da página. Se o corpo trata o tema com profundidade, o título ganha confiança. Se o conteúdo é raso, o título vira promessa vazia.

Palavra-chave no título: mais relação do que posição

Sim, colocar a palavra-chave no título ajuda. Mas não porque existe uma regra mágica. Ajuda porque reduz ambiguidade. O algoritmo entende mais rápido. O usuário entende mais rápido.

E mesmo assim, a posição da palavra-chave não é um dogma. Colocar no começo facilita, mas não transforma a página. O que transforma é a combinação entre palavra principal, estrutura da frase e propósito real da página.

O problema maior é quando o título força termos que não pertencem à ideia central. Isso quebra a fluidez e faz o usuário sentir que o texto é manipulado. Usuário percebe isso. Google também.

Comprimento do título: espaço, não limite

O limite de 60 caracteres nunca foi exato. É apenas o espaço visível no desktop médio. Google não penaliza título longo. Ele apenas corta visualmente.

Então por que o tamanho importa?
Porque o corte pode remover a parte que carrega sentido. E quando isso acontece, o título perde capacidade de atrair o clique.

O melhor tamanho é o que transmite a ideia completa sem enrolar. Uma frase que carrega a promessa certa e que não precisa aparecer inteira para ser compreendida.

Como o Google interpreta um título

O Google lê o título como um resumo estrutural da página. Ele conecta a frase com:

  • entidades mencionadas no conteúdo
  • estrutura dos subtítulos
  • padrões de navegação dos usuários
  • histórico da página para aquela intenção

Se o título diz uma coisa e a página entrega outra, o algoritmo percebe pelos padrões de abandono. Se o título combina com a navegação e a permanência, a confiança aumenta.

O título não age sozinho. Ele faz parte de um sistema de validação contínua.

CTR: comportamento que confirma ou desmonta o título

Um título bem alinhado gera cliques. Mas só cliques que mantêm o usuário engajado ajudam. O Google observa: clicou, leu, ficou? Ou clicou e voltou?

Um CTR alto com retorno rápido não sustenta relevância.
Um CTR moderado com comportamento consistente sustenta.

O título é testado o tempo todo. Se ele atrai o público certo, ele sobe. Se atrai o público errado, ele desce. É simples assim.

Títulos ruins têm padrões óbvios

Eles prometem demais.
Ou dizem menos do que deveriam.
Ou parecem escritos para o algoritmo, não para a pessoa.

O pior título é o que tenta ser esperto. O melhor é o que fala a verdade da forma mais direta possível.

Detalhes técnicos que realmente importam

O título precisa estar onde o Google espera: na tag <title>.
Se estiver duplicado, ausente ou contraditório com o H1, o Google escolhe outra coisa. E quando o Google escolhe outra coisa, o controle da mensagem se perde.

A URL ajuda quando reforça a mesma entidade. Não precisa repetir palavra-chave por vaidade. Basta ser clara.

A descrição não melhora ranking, mas melhora o clique. Ela completa o título com contexto de verdade.

Algo que poucos dizem sobre títulos

Um título forte começa antes da escrita. Ele nasce da clareza sobre o foco da página. Se a página responde a várias coisas ao mesmo tempo, o título nunca acerta totalmente. Se a página responde a uma única intenção, o título quase se escreve sozinho.

O título é apenas a expressão final da intenção do conteúdo.